ESG para um mundo melhor

Há um crescente amadurecimento em relação à adoção de práticas ESG, aqui, destacando a visão e interesses dos investidores e seus investimentos, analisando não só o risco e retorno, mas, também, seus possíveis impactos na sociedade.

Nos aspectos “social” e de “governança” (da ESG), o assunto inclusão e diversidade tem tomado destaque nas companhias. Quanto à diversidade de gênero, a representação das mulheres em cargos executivos e de liderança recebe ênfase, e não poderia ser diferente.
O relatório “Gender 3000”, publicado pelo “Credit Suisse” em 2021, aponta que entre 2015 e 2021, a porcentagem de mulheres em Conselhos em todo o mundo aumentou 8,9% e mais que dobrou se comparada ao início da década. Europa e América do Norte lideraram a média global com 34,4% e 28,6% de mulheres nos Conselhos. A Ásia-Pacífico ficou com 17,3% e a América Latina com 12,7%.

No Brasil, segundo pesquisa realizada pela “SpencerStuart” em 2021, que mapeou 211 empresas listadas nos segmentos de Governança Corporativa da B3 e fez uma análise evolutiva e uma comparação internacional de 1724 posições em Conselhos, 14,3% dessas posições são ocupadas por mulheres, contra 11,5% em 2020.
Ainda, os relatórios demonstram que empresas que possuem políticas mais amplas de diversidade e inclusão relacionadas a gênero tendem a ter melhor desempenho em relação às suas políticas ambientais e de governança.

No Brasil ainda não há regulamentação para o tema, no entanto, recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alterou as regras para elaboração do Formulário de Referência, ampliando a exigência de divulgação de informações sobre os aspectos ambientais, sociais e de governança dos negócios. As regras possuem caráter de orientação para o mercado e não de obrigação, mas estimulam a adoção dessas práticas.

Além disso, a Resolução CVM nº 14, norma de adesão voluntária, aprova a elaboração do Relato Integrado, documento que examina como estratégia, governança, desempenho e perspectivas de uma organização levam à geração de valor ao longo do tempo. O Banco Central também divulgou novas normas regulando os riscos sociais, ambientais e climáticos no Sistema Financeiro Nacional, que entraram em vigor neste ano (2022).

Há um longo caminho a ser percorrido, mas observar os próprios agentes de mercado assumindo o protagonismo no fomento aos valores ambientais, sociais e de governança, gerando grandes impactos nas companhias e fora delas, é grandioso! De fato, não temos um mundo perfeito (aliás, muito longe disso), mas temos um mundo melhor … e isso é inegável.

Sua empresa adota práticas de ESG? Você tem interesse? A Alleanza pode te ajudar, entre em contato.

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